quinta-feira, 19 de julho de 2012

Reportagem Eurosport dedicada ao Ironman de Nice 2012

Ora aqui está um video bem representativo do Ironman Nice deste ano, um trabalho da Eurosport francesa,  com locução também em língua francesa.


Vistas da prova, curtas entrevistas às figuras mais representativas presentes (antes e depois), mas também a alguns perfeitos desconhecidos, cenários por onde passámos, momentos de descontracção... está tudo aqui! Um grande trabalho! Fiquem por dentro e sintam que estiveram lá!

Enjoy!

P.S. Gostava de ter uma arrecadação como a do Frederik Van Lierde lol! ;-)

K-Swiss: "YOU ARE AN IRONMAN"

Até agora, os participantes do Ironman Nice continuam a receber os parabéns e os agradecimentos por parte de organizadores e marcas associadas.

Desta vez, foi um dos patrocinadores oficiais, a marca de equipamentos desportivos K-SWISS.


Sabe sempre bem ler/ receber felicitações e agradecimentos por motivos como este! :-)

Notícia na revista Sport Life - Julho 2012

Embora eu já me encontrasse a caminho de Nice quando a revista saíu, aqui vos deixo a cópia do artigo dedicado à iniciativa IronMena/ Dê Sangue, apoie a vida:


Já foram DAR SANGUE? O Verão é uma época especialmente difícil para quem dele precisa, por isso, agora que está de férias e tem mais tempo e não há horários a cumprir, DÊ SANGUE!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ironman - Age Group Ranking

Descobri que existe um ranking por escalões (age-groups) na liga Ironman, e descobri que tenho um lugar nesse ranking! :-)

Angariei 3103 pontos e estou no lugar 149º do meu escalão 40-44 Feminino, com apenas uma prova.

Nice!

terça-feira, 3 de julho de 2012

IRONMAN FRANCE – NICE... À LUPA

São cerca das 06h25 de 24 de Junho de 2012, e há uma massa humana, de cabeças azul e rosa, à beira da praia do Centenaire, adjacente à Promenade des Anglais em Nice. O ruído do helicóptero que sobrevoa o local quase abafa a buzina que marca a partida dos Pros. A ansiedade é grande… Soa finalmente a buzina para os amadores, e atira-se àquele mar de calmaria toda aquela massa humana. Por entre cotovelos, braços e pernas, lá vou tentando arranjar lugar para nadar, já depois de ter passado por cima dos enormes seixos que são a espécie de “areal” daquelas praias…


A água está tépida. A dada altura chego a sentir calor com o fato de neoprene. Os óculos embaciam durante todo o segmento, faço várias paragens para tentar resolver mas pouco adiantou. Já tenho a boca tão salgada que mete dó! O Mediterrâneo tem um grau de salinidade bastante superior ao Atlântico. Pelo menos a minha boca assim o diz!
A saída é longa, pela rampa, e depois há que recolher o saco azul da “BIKE” marcado com o nº de dorsal e pendurado à entrada do PT. Vislumbro o relógio de prova e até me assusto… Marca 1h35! Na fila de cadeiras antes da tenda, tiro o equipamento da natação e coloco o da bicicleta enquanto bebo água e como uma banana. Enquanto isso, uma voluntária espalha-me protector solar pelos ombros e rosto. Um luxo! Entrego o saco aos voluntários e passo ao lado de dezenas de corredores até chegar à minha bicicleta. Rápida verificação de pneus, pois ouviram-se estoiros na véspera, devido ao calor... O meu lugar é quase no fim do PT, mas também pertinho da saída. Lá vou eu, começo a meter mudanças na Tarmac! Mal eu sabia que estava prestes a suceder o meu maior pesadelo…


Ultrapassar era a palavra de ordem. Humm, o meu guiador está um bocadinho desalinhado com a roda… Siga, deve ser da minha vista! Passados uns quilómetros, o meu guiador está ainda mais desalinhado com a roda, não é da minha vista! Era óbvio que a caixa de direcção estava desapertada (as bikes foram desmontadas para serem transportadas dentro do carro). Passa-me tudo pela cabeça… Mas não posso desistir, tenho de arranjar uma solução. Ao km 10 vejo uma mota da organização e um árbitro num cruzamento. É para lá que vou. Explico, peço uma ferramenta. A mota não tem nada, o árbitro comenta que se for para desistir tenho de avisar. Nem pensar! Por entre considerações várias, o motard arranca e vai tentar arranjar uma chave Allen. Chega outro e também não tem. O outro motard volta passada uma eternidade, mas nem me lembrei de carregar em “lap” para avaliar o tempo perdido. Desaperta, aperta por dentro, volta a apertar, o árbitro diz que não viu nada, outro comenta que o tempo perdido é tanto que já estou suficientemente penalizada. Depois de tudo continua igual! Afinal, o avanço também está desapertado! Finalmente tudo apertado, e o meu coração também! Só penso nos meus apoiantes, em quem acreditou em mim, e não posso desiludir ninguém, muito menos eu própria!

Parto finalmente, estimando em pelo menos 20min o tempo que perdi. Começo outra vez a ultrapassar gente, sempre, cada vez mais. Ao km 20 aparece a maior parede de todas, na “Côte de la Condamine”, mas também a mais curta. A partir daqui começamos a passar por pequenas aldeias, esplanadas, algum público muito espalhado, mas não muito. Sempre a ultrapassar gente, e apanho mais um susto: um atleta à minha frente deixa cair um bidon e quase lhe passo por cima, a bicicleta desequilibrou-se toda, e foi por um triz que não houve queda. Lá vou eu em grande velocidade com o coração a 90%! Todo este esforço que me imponho numa tentativa de minimizar o estrago, tem um preço: começo a sentir uma dor nas partes moles do joelho esquerdo, quando em carga. Não posso mais pedalar de pé, e logo agora que estamos a chegar à parte mais dura de todo o percurso, entre o km 50 e 70, até ao Col de l’Ecre, é sempre a subir! Vivam os Alpes, que com a lamentável ausência do Lance Armstrong, já não serão os mesmos… O helicóptero sobrevoa-nos, e o seu chop chop chop é um bom marcador de ritmo. Paciência, se não subo de pé, subo sentada! E continuo a ultrapassar gente, inclusive bicicletas de contra-relógio, algo desajustadas (consoante as pernas) para um percurso destes. Passo inclusive por um atleta SEM UMA PERNA, E SEM UM CRENQUE! De que me queixo eu?? De pedalar sentada?? Lanço-lhe um incentivo e um “good job”.

Tudo o que sobe, desce, e lá vem a bendita descida, mais acentuada entre o km 90 e 105. Encontramos cotovelos bem pronunciados e temos tendência a fazer a curva por fora para não ter de abrandar tanto, e foi quando levei mais um susto: uma viatura em sentido contrário! Não estou acostumada a ter de me preocupar com carros durante uma prova destas, e já me tinha enervado quando uma viatura se colocou no meio dos atletas em prova, e justamente quando chegava um abastecimento. Este foi um ponto menos positivo no percurso de ciclismo: o trânsito a circular nos 2 sentidos, tendo os atletas que ultrapassar e ser ultrapassados, tanto relativamente a viaturas, como a outros atletas.

As últimas subidas surgem perto do km 110 (Côte de Coursegoules) e km 125 (Côte du Broc). A partir daqui, é sempre a descer, a velocidades alucinantes, nas curvas e contra-curvas, montanha abaixo. Mas porque é que tanta gente desce tão devagar?? À minha frente vai um atleta a borrifar líquido da boca… só ao fim de um bocado é que me apercebo de que está a vomitar, descida abaixo a uma velocidade louca! Deixa-me sair daqui, antes que apanhe com os esguichos! Mal-educado…
Foram cerca de 40 kms sempre a descer, mas o meu ciclómetro não marcou 180kms à chegada ao PT.


Estaciono a Tarmac, meto no bolso várias pastilhas de dextrose que me sobraram e apanho o saco vermelho da “RUN”. Oiço pelos altifalantes, e com grande animação, o nome do Sérgio Marques, “será que ganhou?”, pensei eu. Lá vou eu para a maratona, agora sim, com muito público a encher todo o paredão e zonas adjacentes da Promenade des Anglais. Trânsito cortado, e um corredor ao meio delimitado por pinos para quem chega de bike. Ao lado, um corredor na faixa de rodagem para a ida, e a volta é pela ciclovia adjacente. Abastecimentos cada 1.7kms, inclusive com chuveiros para refrescar. Boas sensações para começar. Passo sem parar no 1º abastecimento. Nos seguintes páro em todos, apenas para beber um copo de água e tirar 1 gel a cada volta completa. De resto, apenas fui chupando lentamente, o tempo todo, pastilhas de dextrose. A 1ª volta deixa-me satisfeita, em cerca de 55’, e vejo a Céu e o Pedro Jr. perto do nosso hotel, foi uma animação vê-los e eles a mim! Enfiam-me um “chouchou” (elástico do cabelo) de cor preta num pulso, para marcar a volta.


Na 2ª volta vejo o Pedro Silva, que já vai para a sua última. Recebo mais um “chouchou” azul-bebé. No sentido contrário avisto o Victor Rodrigues, e ainda tenho tempo de lhe lançar um incentivo. A 3ª volta passou um pouco mais lenta, o homem da marreta é uma presença incontornável. Ganho um “chouchou” azul-escuro. 4ª e última volta e tenho vários portugueses a chamar por mim!


Confirmo que vou para a última, vou animada, apanho o Victor Rodrigues, que estava a sofrer com cãibras. Combinamos ir juntos. Vamos passo a passo, e ainda dá para ir conversando qualquer coisa. Nos últimos 400mts apanho a enorme Bandeira Nacional que me é passada pela Céu. Entramos finalmente no funil de meta, bandeira partilhada e orgulhosamente empunhada, brisa que a encorpa. E ouvimos as palavras mais desejadas: “YOU’RE AN IRONMAN”!


EPÍLOGO:

WE ARE IRONMEN… mais pelo tempo dispendido em treinos durante meses, e sacrifício inerente, do que pelo tempo de prova propriamente dito. WE ARE IRONMEN, pela coragem de escolher desafios destes, cada vez mais difíceis, e não pela habilidade que possamos ter. I AM IRONMENA por ter escolhido participar em prol de uma campanha de divulgação da Dádiva de Sangue, e não por ser uma atleta especialmente dotada.

YOU ARE IRONMEN, se tiverem a abnegação de DAR SANGUE, e assim APOIAR A VIDA! Isso sim, é a grande prova das nossas vidas – AJUDAR QUEM PRECISA!


AGRADECIMENTOS:


Aos meus companheiros de viagem e de prova: Pedro Silva, Maria do Céu, Pedro “júnior”, e aos restantes atletas portugueses em prova.

Aos meus amigos e familiares que me apoiaram e apoiam sempre.

Dedico a prova a todos os Dadores de Sangue, pelo acto altruísta que regularmente praticam.

A todos, o meu BEM-HAJAM!

Notas:

Na bicicleta, penso ter feito uma boa gestão a nível de nutrição e hidratação, tendo consumido:
- 4 bidons de água;
- 1 de isotónico;
- 1 de bebida carb-load;
- 1 de coca-cola;
- Entre 8 a 10 géis energéticos de sabores variados, com e sem cafeína;
- Vários pedaços de barras energéticas.

Não consumi qualquer pedaço de fruta durante o ciclismo ou a maratona, o que penso que me poderá ter evitado o mal-estar estomacal de que já sofri nas anteriores provas desta distância em que participei. Nos próximos dias publicarei o gráfico do monitor POLAR.

Tempos:

Total: 13h07
Natação: 1h29
Ciclismo: 07h04
Corrida: 4h18.
Tempo parada no ciclismo: 25m

Classificação no escalão F 40-44): 11ª
Classificação geral feminina: 69ª
Posição geral absoluta: 1396

A salientar as classificações do Sérgio Marques (5º absoluto e melhor parcial de corrida absoluto) e da Vanessa Pereira (1ª no escalão 20-24). BRAVO!

domingo, 24 de junho de 2012

Resultados Finais...


PARABÉNS IRONMENA...

Swim 3,8 kms - 1:29:38
Bike 180 kms - 7:04:01
Run 42 kms - 4:18:18

TOTAL - 13:07:58

Prova superada. :)
Por agora é tempo de recuperar com um bom jantar e umas boas horas de sono.
PARABÉNS a todos os atletas lusos que deram o litro em Nice.

Resultados on the fly...

Resultados parciais...
http://ironmanlive.com/tracking.php?race=france&year=2012

Swim 3,8 kms - 1:29:38 (Pace: 6:24/100m)
Bike 180 kms - 7:04:01 (Pace: 25.47 km/h)

Running splits...
5.5 km - 9:17:53
10.5 km - 9:49:23

Dá-lhe gás IronMena...

Transitions
T1: SWIM-TO-BIKE - 8:05
T2: BIKE-TO-RUN - 7:56